quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Mais você, por favor!



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Fim de ano chegando e junto com ele um burilar de emoções pipocando dentro do peito. A retrospectiva é inevitável. Mas o mais relevante nesse momento é um olhar maduro sobre o que foi projetado versus o que foi realizado. Será que conseguimos atingir nossos objetivos no ano que se finda? Será que realmente nos esforçamos para isso? Nessa era acelerada, às vezes nos falta tempo de focar e lutar. Muitas vezes somos engolidos pela inércia do dia-a-dia castigante e sobra pouco ou nenhum tempo para cuidar dos nossos propósitos mais íntimos.

Avaliando bem, sempre vai ficar faltando algo a realizar. E isso não é ruim. É mola propulsora para ganharmos força para tentar de novo. Algo mágico acontece naquela viradinha do dia 31 para o dia 1º do ano que chega e que insistimos que seja novo. Novo. Isso nos infla de esperança, força e um desejo gigante de renovação.

Conquistas e vitórias são importantes. Colecionar momentos bons é melhor ainda. Toda vitória requer esforço e dedicação e vem salpicada com aquele gostinho de sucesso. Muitas vezes essas vitórias vêm revestidas de bronze, prata, ouro, títulos, cargos, aquisições. Bom isso. Mas as maiores vitórias, talvez as mais verdadeiras, não colocam a gente em um palco para sermos aplaudidos. Acontecem de modo silencioso quando conseguimos transformar a vida das pessoas para melhor. O encanto de ser motivo de alegria para o outro é o melhor prêmio a ser conquistado.

Pare. Pense. Transforme vidas. Encante corações. Distribua gentileza. Seja ombro amigo. Seja sorriso largo. Abraço aconchegante. Olhar atencioso. Ouvido cuidadoso. Seja a parte mágica que você espera do outro. E da vida. Ela vai te devolver em troca. Ela vai te chamar e dizer ao pé do ouvido: muito bem, você transforma vidas. E aí o milagre acontece.

Fico pensando que existimos para  transformar. E não há nada mais lindo, nada mais corajoso. Somos desenhistas, arquitetos, projetistas e escritores da nossa própria estória. Renove-se. Se o seu lápis estiver com a ponta quebrada, aponte-o! E parta para a ação.

Olhe pra dentro. Enxergue-se com olhos mais doces.

Mais amor!
Mais você, por favor!

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O que será do caos?

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O que gera o caos?
O caos gera revolta. Gera vazio. Gera inquietude. 
Quando a desordem interior é tão grande e profunda, vivemos cerceados pelo sentimento da impotência. Da falência de atitudes regeneradoras. De olhos sorrindo.
Esse emaranhado de sentimentos confusos nos rouba as cores, os cheiros, as expectativas no positivo.
Tão difícil atravessar desertos sem perspectivas de oásis.
Tão difícil alimentar esperanças desesperançadas.
Difícil mesmo é acreditar na mudança.
Mas ela vem. Cedo ou tarde. De dia, de noite ou na madrugada vazia.
Vadia noite que me engole, gole a gole, e quase me priva de enxergar sua magia.
O caos gera instabilidade. Gera riscos descabidos. Gera intranquilidade e complexas fugas.
Mas é esse caos que gera a vida.
Alerta ao caos. Ele não é prejudicial à saúde.
E pode gerar estrelas.
Já dizia Nietzsche.

terça-feira, 31 de maio de 2016

Embalo

Sigo no embalo dos acontecimentos. Tantas vezes difíceis, outros, poucos, surpreendentemente leves. Embalos lembram ondas. Lembram rede. Balanço. Um ir e vir de sensações que pulam de um galho a outro e que não se aquietam. Aquietar um coração é tarefa difícil. Parece um indomável ser com força e vontade próprias. Por vezes digo a ele baixinho: sossegue, é apenas uma parte da travessia. Quem sabe possamos alcançar mares de calmaria? E uma esperança frágil se atreve a surgir, ensolarando de novo aquele rosto sombrio. Calmaria é uma parada técnica, uma pausa necessária. Tempo de refletir. Mas eis que lá vem o embalo, do outro lado, de novo. E trás de volta velhas sensações contraditórias. Tempestades. Esse balanço... Nem bom, nem mau. Nem meu, nem seu. Embalo da vida. Vida irriquieta e indomável. 
Sigo no embalo dos acontecimentos.
Tem nada não.
Grandes marinheiros conhecemos em mares revoltos.